A livraria Letra Livre, que abre portas sábado em Lisboa, afirma-se contra o ritmo acelerado dos livros nas grandes superfícies e pretende disponibilizar livros usados e obras cujas edições já estejam esgotadas.
No «cenário invertido da eurolândia», não se limitou à denúncia da miséria ou à descrição exaustiva do deserto. Identificou caminhos e rotas, encontrou cúmplices e marginais, estabeleceu afinidades e divergências, avançou ideias preciosas com as quais desafiar o actual estado de coisas. Nesse sentido, a memória que nos transmite encontra-se carregada de futuro.
«Clássico não é um livro (repito-o) que possui necessariamente tais ou tais méritos. É um livro que as gerações dos homens, motivadas por razões diversas, lêem com prévio fervor e com uma misteriosa lealdade.» < ...
Jorge Luís Borges
Há em Portugal uma política do livro e da leitura?